segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Projeto de Leitura




P

rojeto de

Leitura


Professoras responsáveis:

Níbia Maria de Jesus Rocha Fernandes
Iracema Portugal da Silva Vieira
Arlete Silva Soares Calixto


Orientadora:

Maiane Brito Santos


Apresentação

    Nas escolas observa-se uma carência de estimulação sócio-cultural para a leitura. Ao aluno fica a impressão de que a leitura é um processo a ser efetivado fora dos limites da sala de aula.

Inegavelmente o ensino da leitura na escola básica tem uma importância capital para a formação dos leitores em nossa sociedade. A escola enquanto instituição social responsável por este ensino tem se defrontado e proposto ao longo do tempo, com diferentes “formas de aprendizagens” que visam em última instância a compreensão e a interpretação de textos.

    É necessário que a escola favoreça a leitura no sentido amplo. Revestida de significados, que possibilita ao aluno uma relação dialética com o mundo, a partir do ler criticamente, admitindo a pluralidade de interpretações, desvelando significados ocultos e resgatando a consciência do mundo.

    A leitura pode ser prazerosa e, muitas vezes, representa uma forma de lazer. Sabe-se que o lazer é uma necessidade básica do ser humano, indispensável à sua saúde tanto física quanto mental. Não se pode entender lazer dissociado de prazer. O papel da escola é permitir que o aluno tome gosto pela leitura e forme seu senso crítico. O resto fluirá com o tempo.

    Além de textos lidos e ouvidos, o leitor projeta sobre o que lê sua vivência, seus anseios, seus temores. Ao lado disso poderíamos acrescentar que o leitor libera também sua criatividade, seu lado lúdico e participa do jogo, identificando-se com personagens, discutindo com o narrador, elaborando novas possibilidades de leitura/escrita.

    Observa-se que em relação a filmes, música, esportes, cada indivíduo consegue naturalmente formar seu gosto. Não será por que nada lhe é imposto ou cobrado? Então por que não fazer o mesmo com a leitura? Parece que a saída é uma só: permitir que o aluno viva as obra literárias livremente, percebendo-as da maneira que melhor lhe prouver.


Justificativa


    A aprendizagem da leitura constitui uma tarefa permanente. A criança se apropria dos conhecimentos produzidos socialmente através das interações medidas.

    Deve ser criada, no espaço educativo uma vivência intensa de uso da linguagem escrita, bem como as diferentes linguagens, entre elas: a oral, o jogo. A dramatização, o desenho considerando-se que estas são essenciais para a escola como um espaço onde juntos, professores e alunos, podem e devem partilhar a construir conhecimentos, tendo como base a solidariedade que certamente possibilitará a formação de sujeitos participantes e críticos do processo de transformação da sociedade.

    Como já mencionado, o público alvo por pertencer à família de baixo poder aquisitivo não tem acesso à leitura e à escrita, senão por meio da escola.



Objetivos

Geral:

·        Oportunizar aos alunos situações que contribuam para despertar o gosto pela leitura, desenvolvendo a expressão oral e escrita.

Específicos:

·        Formar leitores participantes, capazes de interpretar fatos, idéias e sentimentos expressos em textos;

·        Interessar-se em ampliar a compreensão do mundo, do comportamento humano e de padrões por meio da leitura;

·        Estimular momentos de socialização em que serão valorizados aspectos relativos à democracia e cooperação entre alunos;

·        Expressar sentimentos e ideias através da oralidade e da escrita;

·        Imergir na “Caixa Bem-ti-li” identificando os mais variados tipos de textos e livros nela contidos, tais como: poesias, letras de músicas, mitos, fábulas, contos, literatura de cordel e outras, receitas, fazendo desta caixa uma ponte para o seu posicionamento crítico;

·        Conhecer e reconhecer as letras de músicas apresentadas identificando os mais variados estilos musicais;

·        Incentivar a leitura de romances diversos.


Procedimentos Metodológicos


    Visando, prioritariamente, o desenvolvimento da capacidade de produzir e interpretar textos orais e escritos, à medida que estes auxiliam o educando a ler o mundo em que vivem é que este projeto objetiva uma leitura para que o indivíduo reflita e tenha um novo olhar sobre o conhecimento, a fim de selecionar textos, dados, informações que interajam com suas pretensões.
    Do ponto de vista metodológico, compete ao professor desenvolver o ensino de estratégias de leitura, aliadas as habilidades lingüísticas peculiares a cada leitor.

    Para isso faz necessário que sejam oferecidas aos alunos oportunidades de desenvolver as quatro habilidades linguísticas básicas – falar, ouvir, ler e escrever – numa perspectiva crítico-reflexiva, não deixando de enfatizar o universo de conhecimento e satisfação pessoal que tais atividades podem oferecer.

    Partindo desses princípios, estruturaremos o trabalho em dois momentos:

    No primeiro momento trabalharemos com gêneros literários e tipos de textos, tendo como objetivo transmitir e construir discussões que envolvam os conhecimentos dos alunos diante dos conhecimentos apresentados, ampliando-lhes uma nova dimensão no que se referem valores, posicionamento dos discursos, uma vez que a leitura é uma produção do sujeito, havendo tantas leituras do mesmo, quanto forem os leitores.

    No segundo momento os alunos escolherão um livro para ler e o acompanhamento será realizado através das fichas de leitura e exposição oral da obra. A oralidade será incentivada a partir dos comentários em sala de aula, e, é importante salientar que os conteúdos serão trabalhados com base na interdisciplinaridade.


Avaliação

    A avaliação é concebida como um instrumento para ajudar o aluno a aprender e faz parte integrante do trabalho realizado em sala de aula. A partir dela, o professor pode rever os procedimentos que vem utilizando, e replanejar o trabalho. Para os alunos, ela permite perceber os avanços e dificuldades. Tem, assim, uma função permanente de diagnóstico e acompanhamento do processo ensino-aprendizagem. Uma avaliação nesse sentido precisa alicerçar-se em objetivos claros, simples e precisos.

    Durante a realização das atividades mencionadas no projeto, avaliaremos o desempenho dos alunos nos seguintes aspectos: atenção, participação e interesse, execução das dramatizações, aspectos referentes a utilização e forma de registros da escrita; identificação dos diferentes portadores e tipos de textos, bem como a quantidade de livros lidos. Realizaremos a classificação para os três primeiros alunos em destaque diante dos critérios estabelecidos para avaliá-los, e, eles serão contemplados com prêmios a serem previamente definidos.

    A auto-avaliação estará presente, pois através da mesma o aluno será capaz de pensar, concluir e continuar a escalada do conhecimento. O educando é o sujeito, e não o objeto da ação educativa, no entanto, ele próprio não participa do processo de sua avaliação, apenas recebe direta ou indiretamente o resultado de sua vitória ou fracasso. A auto-avaliação será dos mecanismos para avaliar o trabalho que será desenvolvido no Centro Educacional Renato Viana.


Referências Bibliográficas

BANBEGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Cultrix, 1997.

CAGLIRI, Luiz Maroly. Escrever e ler: como as crianças aprendem e como o professor pode ensinar a escrever e ler. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: Arte Médicas Sul. 2000. Vol. 1.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1995.

HOFFMANN, Jussara.  Avaliação mito e desafio. Porto Alegre: Mediação, 2000.
. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. 14ª Ed. Porto Alegre: Mediação, 1998.

 Avaliação mediadora: uma perspectiva construtiva. 29ª Ed. Porto Alegre: Mediação. 2000.

MERTINS, Maria Helena.  O que é leitura. 9ª Ed. São Paulo: Brasiliense. 1996.

SANTOS, Antonio Raimundo dos.  Metodologia científica: a construção do conhecimento. Rio de Janeiro: DPES. 1999.

SILVA, Ezequiel Theodoro da. Elementos da pedagogia da leitura. 3ª Ed. São Paulo: Martins Fontes. 1998.

COSTA, Antonio Carlos Gomes da. O professor como educador: um resgate necessário e urgente/ Antonio Gomes da Costa – Salvador. Fundação Luis Eduardo Magalhães.














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